quarta-feira, julho 18, 2007

Comeco de viagem. Munique

Iniciei hoje minha terceira e último viagem de verao. Cheguei hoje em Munique e vou passar por Nuremberg, Dresden, Praga, Viena, Frankfurt e Kassel, para ver um festival de arte contemporanea. Retorno pra Lund dia 05 de agosto, quando terei 11 dias para achar um novo teto, no qual espero poder receber minha mae e irmao.

Trouxe o laptop comigo, pois continuarei tentando alugar apartamento em Lund durante a viagem (tudo se dá pela intenet mesmo, entao nao faz diferenca entre estar lá ou cá), mas o hotel onde estou hospedado aqui em Munique nao oferece internet. Merda!

Entao estou dando uma parada na minha caminhada de reconhecimento do centro pra dar uma olhadinha em acomodacoes (nada de novo no front) e para atualizar o blog, que decidi atualizar concomitantemente com a viagem.

Até agora, o que mais me impressiona em Munique é a quantidade de muculmanos. Falando sério: nem em Copenhagen e Birmingham, que possuem famosas comunidades muculmanas, eu vi tantas mulheres com a cabeca coberta. Aqui eu cheguei a ver 4 mulheres usando burca, só com os olhos de fora. Mas talvez eu esteja mais atento pra isso por estar lendo "snow", de Orhan Pamuk, que fala sobre o embate religiao versus secularismo na Turquia.

Fora as burcas, as igrejas próximas à Marienplatz sao lindas, como esperado. Agora vou voltar pro hotel e tentar ter uma boa noite de sono, após ler mais um pouco. Amanha quero passear um bocado. Se fizer sol, parques. Se chover (a previsao é de tempestade, na verdade), irei aos museus.

Mais fotos de celular

Aproveitando minha falta de sono, aqui estão as demais fotos que tirei com o celular, quando estava sem a máquina fotográfica.

Jantar no dia de Walborg. Jair e Leila, vocês perderam... mas que dia legal foi aquele!


Na frente da casa de praia de Malena, quando íamos voltar pra Lund, ao fim de um fim de semana extremamente especial


Primavera em Lund


Noite de verão. 23:00, numa lanchonete no centro


Voltando pra casa, com o céu ainda claro, quase à meia noite.


Concerto de Bach na Catedral Protestante de Lund


Meus colegas de mestrado treinando pela última vez antes de viajar para Washington para competir numa espécie de campeonato mundial de estudantes de advocacia (Jessup Moot Court). Eles ficaram entre os 30 primeiros, entre cerca de 250 universidades do mundo inteiro. Sinceramente, não ficaram muito felizes não. Como era o ensaio final, eles estavam vestidos à caráter, mas o arremedo de pulpito deixou a desejar...


Entrevista a qual fui assistir na reitoria da Universidade de Lund, com Anita Ekbert. Foi a primeira vez que vi pessoalmente uma estrela de primeira grandeza do cinema. Ela nasceu em Malmö, mas morou a vida toda fora da Suécia, na Itália e nos Estados Unidos. Por ela, a entrevista seria em inglês, mas o apresentados insistia que ela falasse em sueco. Às vezes ela atendia, às vezes não. Assim, às vezes eu entendia a entrevista, às vezes não. Mesmo assim, valeu muito a pena ter ido.


Aqui, ela na cena que a eternizou, em "La Dolce Vita"



Falando em cinema, estou animado com a proximidade da estréia do filme dos Simpsons

Texto achado enquanto arrumava a mala

Domingo entre a cama e o sofá
Amigos tão longe que o fone não alcanca ou não consola
Muita falta...
Sobram tempo e nuvens

Consolo-me: "tudo passa"
Mas passa pra onde?
E que espécie de console é este?
O tempo que se perde não volta.

Por que nada basta?
Será só em mim que tanto falta?

terça-feira, julho 17, 2007

Balões perto de casa

Estas são outras fotos que tirei no celular há cerca de um mês. Agora no verão se pode fazer um passeio de balão sobrevoando Lund. Os balões saem há uns 500 metros aqui do meu quarto.



Foto de celular. Lua invernal

Aprendi, finalmente, a passar as fotos que tiro do celular pro meu laptop, via bluetooth. Há várias fotos que foram tiradas já há algum tempo, mas como acho legais, quero colocar aqui. A maioria são de dias comuns, como esta abaixo, tiradas numa noite no inverno, quando a lua aparecia bonita na minha janela.

Sigtuna

Na tarde de sexta, fizemos um passeio de carro até Sigtuna, uma das cidades mais antigas da Suécia. Sabe aquela expressão "cidade de conto de fadas"? Ela se aplica perfeitamente à Sigtuna.

Casa com bandeirinha sueca. Coisa extremamente comum no país inteiro

Rua central, só com casas de madeira

Praca central

Costa da cidade


Ruínas da catedral católica da cidade.

Esta é cafeteria onde decidimos tomar um café. Alguém duvida que estava bom?


ABBA

Nada a ver, mas numa tarde fomos passear de carro no bairro mais elegante (lindo, diga-se de passagem) de Estocolmo, onde só há casas, e passamos pela de um dos integrantes do ABBA. Eu tinha que tirar uma foto. A casa não é gigantesca, mas fica numa ilhazinha só pra ela. Pra quem pode...

segunda-feira, julho 16, 2007

Noite de Estocolmo

Agora no verão, as noites de Estocolmo são extremamente claras. O sol se põe perto das onze da noite e por volta das 2:30 já há sinais no novo dia no céu.

Saí muito nesta semana, para lugares excelentes. As fotos abaixo são do Berns, hotel em cujo bar passamos algumas horas tomando algumas cervejas. Belo comeco de noite.



Show que ocorreu no hotel onde passamos a happy hour. Não assistimos ao show (sem ingresso), mas demos uma espiadinha no final

Vistas de Estocolmo

Estocolmo é formada por centenas de ilhas, por isso de quase todo lugar se vê água.


Estocolmo. Museu Nobel

Nesta segunda passagem por Estocolmo, quase não fui a museus, pois fui a vários na primeira viagem que fiz à cidade. Desta vez fui só ao Museu Nobel, que é pequeno, mas muito interessante. Assisti a vários vídeos sobre vencedores do prêmio nobel nos dois mini-cinemas dentro do museu. Depois, no mesmo dia, passando por uma livraria, acabei comprando um livro de um dos últimos vencedores do prêmio nobel de literatura, o turco Orhan Pamuk. Comprei "snow", livro sobre o embate entre a religião e o secularismo na Turquia. Estou adorando.

Salão principal do museu

Quadro pintado por Wiston Churchil, numa exposicão temporário do museu

Artista de rua, na saída do Museu Nobel, vestidos de Mario e Luigi

Praca central (Stortorget) do bairro antigo, onde fica o Museu Nobel

Segunda vez em Estocolmo

Torre de uma das igrejas de Gamla Stan, bairro antigo da cidade

Essa rua é a única da ilha entre a cidade antiga e o centro da cidade. Dos dois lados dos arcos, funciona o parlamento sueco

King's garden, bem perto do centro da cidade

Num dos dias chuvosos, decidi simplesmente almocar num lugar legal, ver exposicões e tomar um expresso em outro lugar legal. Na foto abaixo, estou indo para a "Casa da Cultura" de Estocolmo. Parecia um dia de inverno.

Rua mais estreita do bairro histórico de Estocolmo. Sim, eles consideram esse beco como se fossse uma rua

No caminho até Estocolmo

O plano era passar duas semanas em Lund comecando a juntar material pra minha tese de mestrado. Na primeira semana, segui o plano à risca. Fui à biblioteca todos os dias e, se meu trabalho não foi lá muito produtivo, pelo menos já tive uma boa idéia de como escrever uma tese é mais complicado do que parece.

Mas, no fim de semana, Mikael me chamou pra passar uma semana em Estocolmo. Iríamos dirigindo pra lá e eu ficaria hospedado em um apartamento que ele alugou, mas não estava utilizando. Não deu pra recursar.

Há quase um ano eu não dirigia e confesso que sentia saudade. Dirigi a metade do caminho pra Estocolmo e foi ótimo. Não, foi melhor que ótimo. Choveu a viagem inteira, que durou cerca de nove horas, contabilizando as paradas. Mesmo assim, senti-me extremamente bem ao dirigir. Gosto muito do fato dos transportes públicos na Europa serem muito eficientes, especialmente os trens. Mas, desculpem-me os mais ecologicamente corretos, mas dirigir também pode ser extremamente prazeiroso.

Mais ou menos no meio do caminho, paramos num restaurante na beira da estrada, na beira da parte mais bonita da estrada. Tomei um expresso superfaturado, mas a vista compensou.


Depois, há cerca de duas horas de Estocolmo, próximo à cidade de Linköping, tomamos um desvio pra visitar os avós paternos de Mikael. Estradinha de terra, no meio da floresta, numa das áreas mais nobres do país. Entre casas que pareciam palácios, apenas algumas criancas passeando à cavalo.

Chegando ao destino, a avó de Mikael (88 anos) havia preparado doces tradicionais especialmente para nós, apesar de termos avisado da visita apenas 5 horas antes. Comemos as iguarias assistindo à final do torneio de Wimbledon, ao que o avô de Mikael (93 anos) assistia atentamente, comentando o quanto Roger Federer é impressionante. Mas eu estava impressionado mesmo era como eles eram saudáveis e lúcidos nesta idade. Estavam lá, sozinhos, numa casa de verão há pelo menos 30 quilômetros da cidadezinha mais próxima, cozinhando, cuidando com esmero de um jardim belíssimo, acompanhando winbledon e a volta da Franca de ciclismo e lendo. Haja genética privilegiada!

Estradinha agradável, ainda que com chuva

Uma das casas na beira da estrada. O mastro que aparece na foto é usado numa festa tradicional sueca que ocorre no solstício de verão. No ritual, várias criancas vestidas com trajes típicos dancam ao redor do mastro, segurando fitas coloridas que saem do topo. O ritual faz referência à fertilidade da terra sueca (só poderia ocorrer no verão) e, no fundo, o mastro significa um pênis e as criancas que ficam dancando ao redor dele representam sapos (símbolo de fertilidade). Pra quem acha que rituais estranhos são coisa da África, isso é a prova definitiva que isso não é verdade.

A foto abaixo é um estábulo...

Casa do tataravô de Mikael, onde o avô dele nasceu. Hoje é habitada por um dos irmãos do avô dele


Chegando em Estocolmo, os pais dele haviam preparado um jantar com carne brasileira. Foi um excelente fechamento pro dia, pois foi a melhor carne que comi desde que cheguei por aqui. Melhor, foi a primeira carne realmente decente que comi por aqui. Há tantos vegetarianos na Europa porque não é tão difícil abrir mão da carne européia...

Southside Festival. Meus vídeos

Bandinha que devia ser mais apreciada fora da Alemanha, onde ela é muitíssimo popular, é o Art Brut. Fizeram um show divertido, dancante e criou o clima pra todos os outros show do sábado

Eu tinha uma expectativa enorme pro show do Kings of Leon, já que o CD deles é um dos melhores que ouvi neste ano. Não decepcionaram nem um pouco, até porque a música deles é perfeita para um festival de rock no verão

No quesito popularidade na Alemanha, NINGUÉM supera o Placebo. Eles fizeram um show bem melhor que o que eu vi em dezembro passado. Eles fizeram um show bem melhor que tudo o que eu ja havia visto deles


Quase no fim da segunda noite (o Queens of the Stone Age tocou depois, no segundo placo), o Pearl Jam comecava seu show. Eles nem são assim tão apreciados na Alemanha, mas, pra mim, eles foram O show que não podia ser perdido

Primeira música do show do Arcade fire, já no domingo. Sol queimando e alto astral

Última música do show. Sol queimando e feliciade absoluta

Depois do Arcade Fire, foi a vez do Bloc Party. Eles haviam tocado no festival de Glastonbury (maior festival de rock do Planeta. Um dia eu vou!) dois dias antes, sob chuva. No Southside tocaram com o sol a pino e, segundo o vocalista, isso fez toda a diferenca. Não sei como foi o show em Glastonbury, mas na Alemanha foi demais. Abaixo eles cantam banquet, que deve ser a música que mais marcou essa minha experiência européia até aqui. Foi um dos grandes momentos do festival, quando um belíssimo caos se instalou.
(o vídeo não tá carregando no youtube, por alguma razão, depois tento colocá-lo aqui, pois é o meu favorito)
Bloc Party, bem de pertinho

Southside Festival. Vídeos que não filmei

A dificuldade de chegar ao palco secundário, no primeiro dia, sem cair na lama. No palco principal era pior, mas não achei nenhum vídeo.


Incubus, "Love hurts". Gravacão profissional. Linda música. Show surpreendente


Marilyn Manson, "Tainted Love"


Less Than Jake, lama ao alto, filmada por outro brasileiro. Tenho a impressão de que é um mineiro.

sábado, julho 14, 2007

Southside Festival. Bagagem

Southside Festival. Tempestade e lama