quarta-feira, abril 25, 2007

Esculturas




Parque Montjuic

Conheci Barceclona com a ajuda do ônibus turístico. Mais uma vez, foi caro, mas é de longe o jeito mais fácil de se conhecer a cidade. Lembrei de Curitiba, que tem o mesmo servico e funciona tão bem quanto o de Barcelona.

O Montjuic é um parque-planalto com museus, palácios e muitas das instalacões das Olimåíadas de 1992. Acho que a paz com minha garganta foi selada lá, enquanto passei quase um dia inteiro andando.

O "poble espanhol" é muito interessante. No fundo, é só uma cidade cenográfica com exemplo da arquitetura de diferentes partes da Espanha. Quando cheguei lá estava tendo uma festa reunindo criancas de várias escolas de Barcelona. Fazia um sol de verão e aquele clima me pegou de assalto. Entrei no clima da cidade ali, acho, exatamente quando estava "fora" da arquitetura de Barcelona.

No parque, olhando pra longe:

Agora olhando pra perto:

Pira Olímpica:

Estádio Olímpico. É tão pequeno...

Sei que meu irmão, atleta, vai gostar dessas fotos:



Museu Nacional:

Vista do Museu Nacional:

Poblo espanhol:



Sagrada Família






Por dentro de uma das torres:


Algumas fotos captam a realidade melhor do que outras. Eu gosto muito dessa foto, quando estava indo de uma torre pra outra, passando por trás do vitral. Estava sincera e profundamente feliz nesse momento.

Pargue Guell









Gaúdí morou uns anos no meio do parque, nesta casa. Nada mal.



A Xuxa tava passeando por lá também:

Casa Pedreira e Casa Batló

Casa Pedreira:





Casa Batló:



Gaudí

Quem visita Barcelona se depara com Gaudí da mesma forma que quem visita Brasília se vê de frente com Oscar Niemeyer.

Gaudí foi fantástico. Acho que morar numa casa projetada por ele deve ter sido fascinante, apesar de um pouco assustador. Gastei uma pequena fortuna (uns 36 euros) para visitar algumas de suas obras principais: Casa Pedreira, Casa Batló e Sagrada Família. Felizmente, o Parque Guell era de graca.

O que minha garganta sentiu? O que ela me deixou sentir?

Na Casa Pedreira, ela sentiu-se orgulhosa de estar lá, apesar da dor. Minha garganta de turista sertanejo é forte: dói, mas sai de casa. Nesse dia, a garganta era a senhora do mundo. Qualquer pensamento meu passava por ela, ditadora, marcial, inflexível.

Na Sagrada Família, ela esqueceu que era uma garganta inflamada. Permitiu que eu subisse e descesse nas torres, abrisse grandes sorrisos de deslumbramento. Acho que ela ficou maravilhada como aquela coisa gigantesca, megalomaníaca, loucura-religiosa-surreal-inacabada-inexplicável.

No Parque Guell: a garganta tava cansada de doer. Sentamos (eu e garganta) na grama, lanchamos no parque, tomamos um pouco de sol, continuamos admirando Gaudí e nos aproximando de um acordo. Nossa briga estava acabando. Já se podia ver que faríamos as pazes.

Na Casa Batló: já era o penúltimo dia, já tínhamos ído à praia e a garganta estava reconciliada comigo. Concordamos que pagar 13 euros pra entrar numa casa era um absurdo, mas pagamos mesmo assim. Mas admiramos Gaudí um pouco menos. Acho que estávamos mais acostumados com sua loucura, suas formas. Será que ele se tornaria uma pessoa previsível se não tivesse morrido enquanto trabalhava obcecadamente na Sagrada Família?

terça-feira, abril 24, 2007

Uma garganta em Barcelona

Nos dois primeiros dias em Barcelona eu era uma garganta inflamada e nada mais. Nada de tapas, sangria, bares, agitacão. A garganta só aceitava passear pelas ruas lotadas do centro de Barcelona.

Em "las ramblas", a rua mais famosa da cidade, não teria feito outra coisa se tivesse em plena saúde. É uma rua com gente demais, turista demais, trombadinha demais, barulho demais... e só.

O bairro gótico, por outro lado, é muito bom e há excelente bares de tapas. Minha garganta não pôde apreciá-los nos dois primeiros dias, mas no último dia, quando ela estava aberta à negociacões, eu experimentei vários petiscos, após um show de flamenco.

Garganta na Praca Real, no centro do bairro gótico:

Garganta na fila pra entrar na Casa Pedreira:

Show de Flamenco na última noite:

A garotinha roubou a cena no fim do show:

Museu Picasso de Barcelona

Decidi realizar o encontro de dois gênios na minha cabeca: olhos em Picasso; ouvidos em Nina Simone. Foi um grande dueto audio-visual.

O Museu Picasso de Barcelona ocupa o espaco de quatro palácios no coracão do bairro gótico, mas seu interior é maravilhosamente discreto, com paredes brancas, simplesmente brancas, sem adornos, sem cores. Toda a atencão é para Picasso. Nada tira a atencão do visitante das obras, como acontece no Hermitage.

Segui a ordem cronológica do artista, didaticamente: primeiros trabalhos, fase azul, fase rosa, cubismo e últimos trabalhos. Entretanto, algumas obras fogem à categorizacão, como os desenhos fotográficos.

De longe, a obra mais impactante são as versões de "as meninas," que vi enquanto Nina Simone cantava "The other woman". A música acabou antes de ver todas as versões. Assim, pus uma outra versão da mesma música que tinha no ipod. Perfeito.

Infelizmente, é proibido tirar fotos no museu.

Girona

A intencão: dormir em Girona pela proximidade com o aeroporto e para conhecer o Museu-Teatro Dalí em Figueres no dia seguinte.

A prática: Girona é perto do aeroporto, mas a estacão onde o ônibus me deixou era longe do centro e não havia táxis. Assim, tive que caminhar, na chuva, por quase uma hora até chegar no albergue, às 3 da manhã e com a garganta inflamada. Ao entrar no quarto com seis camas, não quis acordar ninguém e deitei com a roupa em que estava, para simplesmente ouvir a sinfonia entre dois roncadores profissionais.No dia seguinte, com a garganta mais inflamada, claro, desisti de conhecer a obra prima de dalí e só caminhei pela cidade. Felizmente, Girona vale uma visita. É uma cidade cujo centro remonta à idade média e é delicioso se perder em suas ruelas.