segunda-feira, dezembro 17, 2007

The Thrills em Malmö

E já que tô escrevendo mais hoje do que durante todo o semestre, por que não falar do excelente show do The Thrills ontem em Malmö?

O Thrills é uma banda especial pra mim. Ela não é nenhuma oitava maravilha do mundo e, pra ser honesto, o último e terceiro CD deles foi totalmente ignorado pela imprensa, pelo grande público e por mim, até saber que eles iriam tocar ontem em Malmö. Convenci sally, Mikael e Julia e fomos lá assistir. nem foi difícil conseguir ingresso, que tava até baratinho. No fundo, a casa de show (a excelente Kulturbolaget) estava só 60% cheia.

Os fatos acima indicam uma banda em decadência. Pode até ser, mas, mesmo assim, o Thrills é especial pra mim. É quando me mudei pra Brasília; quando comprei um bom computador; quando tive uma boa conexão de internet; quando comecei a ler blogs de música; e quando, finalmente, comecei a fazer download, o Thrills foi uma das primeiras bandas desconhecidas que baixei pro meu HD, junto com Wilco e Sondre Lerche. tinha feito alguns downloads antes, mas essas foram as primeiras bandas que CONHECI por meio do download. E a primeira impressão foi excelente. Ouvi muito "big sur" e "santa cruz" no primeiro CD que gravei. A partir daí, vi que toda a infinidade de sons estava ao meu dispor. Maravilhei-me e mergulhei de cabeca. Nunca mais submergi à superfície dos rádios, da MTV, das limitadas lojas de disco. Tenho muito, então, a agradecer ao primeiro e ótimo álbum do Thrills, "So much for the city".

O show foi perfeito. Todo perfeito. Como era noite de domingo, estávamos todos meio cansados e meio indispostos. A banda de abertura foi boa, agradável. Seguíamos bebendo cerveja e conversando, com aquele barulho de guitarras ao fundo. O thrills comecou a tocar e tomou toda a nossa atencão. Era o último show da turnê da banda e eles estavam (a) visivelmente ressacados de uma festa após o show da noite anterior, em Upsalla (b) visivelmente emocionados pelo encerramento da turnê.

As músicas seguiam e eu reconhecia todas do primeiro e segundo álbum. O vocalista estava totalmente em contato com a platéia, contava histórias e brincava com a banda o tempo inteiro. sua descontracão dava ainda mais legitimidade às músicas, que são alegrinhas, daquelas que põe um sorriso sincero nos rostos.

Saímos de lá contentes como não é permitido numa noite de domingo. Mais uma vez, sou só agradecimentos ao Thrills. Comprometo-me a acompanhá-los melhor.





Do primeiro disco, "Santa Cruz":


Do segundo disco, "whatever happened to Corey Haim?", que encerrou o show:

Natal

Luz: é uma das coisas que mais me fascinam. Luz da lua, do sol, de natal...
Talvez o que mais goste no natal sejam as luzes. Aqui na escuridão escandinava, então, faz uma diferenca danada.

Viajarei na quarta feira para a Alemanha. Já antecipo com prazer as feirinhas de natal das cidades alemãs. Vou tomar glüvein e passear pelas luzes. E já vou sentir saudade. Depois que voltar sem dúvida vou por mais fotos das feirinhas aqui no blog. Por enquanto, coloco as fotos daqui de pertinho.

Grand Hotel, em Lund:


Malmö fica estonteantemente linda no Natal:




Copenhagen:


Pedacinhos do semestre que se acaba

Agora, a Suécia está quase sempre no escuro. Mesmo aqui, no extremo sul do país, o sol nasce às 10:00 e se põe às 15:00. Ainda assim, mal dá pra considerar que há sol durante cinco horas, pois ele mal sai do horizonte. Daqui há cinco dias, será o dia mais curto do ano. E faz frio, como faz frio. Ontem a temperatura caiu para cinco graus negativos.

Hoje foi o encerramento das atividades no mestrado. Uma reuniãozinha na biblioteca pra tomar glug (vinho adocicado e servido quente, tradicionalmente bebido apenas em dezembro) marcou o encerramento.

Felizmente, para mim o semestre acaba muito bem. Não, não terminei a tese ainda, mas ela está bem encaminhada. Quase toda a parte argumentativa está pronta. Falta escrever apenas um sub-capítulo, a conclusão, o sumário e a bibliografia. Diria, assim, que está 85% concluída. O mais importante: estou gostando dela. A defesa deve ocorrer no final de janeiro, pouco antes da graduacão.

O processo de escrever a tese é complicado. Hoje, aprecio os acadêmicos muito mais do que antes de vir pra cá. Para alguns de meus colegas, escrever foi um processo até sereno, mas pra mim foi turbulento. Em alguns momentos, violento. Prazeiroso às vezes, sim, mas nunca constante. Cada dia foi diferente. E ainda não terminei... portanto vamos mudar de assunto.

Quis falar sobre o processo de escrever a tese porque ele me afastou profundamente deste blog. A tese quase sempre me tirava o prazer do blog. E sem prazer, não havia sentido. Assim, várias coisas tão marcantes neste semestre ficaram de fora do blog. Então, pra que eu não me esqueca delas no futuro, vou relembrá-las, pelas fotos, aqui.

Aniversário de Negosawa em Copenhagen:



Oktoberfest:






A beleza outonal de Lund:




Brincadeiras no museu:




Dachau, campo de concentracão nazista:




Upsalla, a outra importante cidade universitária sueca:



Festinhas de despedida:




domingo, dezembro 16, 2007

Comemorando 30 anos

Tinha esquecido de colocar as fotos do meu aniversário. Comemorei em dois janteres, um saída pra um café e um show de José Gonzales. Foi simples, mas ótimo.




Dezembro: sem folhas nas árvores

Dezembro. Inverno em Lund. Ontem fez cinco graus negativos.


post 300: tecnologia ajudando relacões

Achei esse vídeo por uma indicacão de um dos blogs da folha. Lá eles dizem que é sobre um casal que não consegue se ver. Eu achei que é um filminho sobre tecnologia. Mais especificamente, sobre como a tecnologia facilita os relacionamentos na atualidade. Os produtores são os mesmos de "lacos", que ganhou um prêmio no youtube. Concordo com a folha: esse vídeo é muito mais interessante que "lacos". E a música da Johana Newsom ajuda demais. Enfim, é uma belezura.



Aí quando ia colocar o vídeo no blog, notei que este seria o post de número 300. Aí o vídeo ficou mais apropriado ainda.

sábado, dezembro 15, 2007

Feminismo avancado

Estou perto de voltar pro Brasil e certamente cheio de "causos" pra contar na volta, mas esse aqui não dá pra esperar, até porque vão dizer que estou mentindo.

Durante as últimas semanas, grupos de mulheres suecas estão indo às piscinas públicas (quase toda cidade sueca tem uma piscina comunitária coberta) para protestar contra "o machismo no modo de se vestir para nadar".

Tudo comecou em Uppsala (a outra cidade universitária sueca), quando uma estudante foi impedida de nadar só com a parte de baixo do biquini. Ela protestou dizendo que os homens não precisavam cobrir o peito para nadar e que obrigá-la a cobrir o peito era uma atitude discriminatória e machista da administracão da piscina.

A estudante recebeu imediato apoio de mulheres em várias cidades suecas. Nas últimas semanas, ocorreram protestos em várias cidades do país, com mulheres tirando a parte de cima do biquini. Os protestos agora estão sendo organizados por uma assossiacão de 40 mulheres denominada "Bare Breats" (algo como "peito nu"). Uma das fundadoras do grupo, Sanna Ferm, 22 anos, explica que "o objetivo da campanha é iniciar um debate do porquê do corpo feminino ser mais sexualizado do que o dos homens." Além disso, ela adiciona que "o fato dos homens poderem mostrar o peito nas piscinas, ao contrário das mulheres, é um exemplo concreto de que as mulheres têm menos direitos que os homens."

Saliente-se: a Suécia é considerado o país mais igualitário do mundo no tratamento dos dois gêneros. No verão, o topless é uma atitude aceita e amplamente praticada. Aliás, é a regra. E as reacões das pessoas nas piscinas são prova disto. As atitudes dos demaais frequentadores das piscinas têm sido de suporte e encorajamento, quando não de simples indiferenca.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Bom comeco

A década de 30 comecou bem... com a década de 70
Depois de passar a tarde na biblioteca, fui pra outra biblioteca e achei 3 CDs que não conhecia de Nina Simone.

Até agora, só ouvi a primeira música do primeiro CD, "Nina Simone & Piano", de 1970, no qual, segundo o encarte, Nina dá uma resposta aos detratores que enfraqueceram o movimento negro no final da década de 60 (Nina foi uma das artistas que encamparam o movimento no início dos anos 60).

Há coisas que são mais importantes do que parecem. Uma delas é descobrir uma música nova de Nina Simone. Descobrir 3 CDs completinhos dela, então, é coisa muito, muito especial.

Algumas músicas desses CDs eu já tinha, obtidas por downloads obscuros e sem informacão. Mas a grande maioria é novidade pra mim, como "Seems I'm Never Tired Lovin' You".

Agora estou na quarta música do CD. É Nina sozinha com o piano. Lembra o show que ela fez no Ronnie Scott, que foi o primeiro CD que ouvi dela. Que coisa linda é a vida.

domingo, dezembro 09, 2007

Pra lembrar depois

Cheguei de mais um café em comemoracão dos meus 30. Acabei de ganhar ingressos pra assistir ao show de José Gonzales semana que vem. YEah!!!

Mas hoje a trilha sonora de hoje são duas músicas do Maccabees, bandinha britânica de músicas fofas-dancantes-despretentiosas-essencialmente jovens. Combina muito com meu estado de espírito hoje: calmo-sem-dar-a-mínima-para-a-data-que-passa-como-um-dia-qualquer-e-adorando-como-estou-aos-30-feliz. Eis os dois vídeos das músicas:

First Love:

Toohpaste Kisses:

30

Coincidentemente, enquanto faco trinta anos, o itunes tocava versos de Cazuza.
"Viver é bom nas curvas da estrada..."
E uma felicidade simples me veio à cabeca.

Deu tempo de fazer tanta coisa que eu quis em trinta anos!
Que ougulho d'eu
Que alegria de ter conhecido cada um e uma que conheci
das conversas
das noites e dias especias
e dos ordinários
dessa família incrível
desses amigos insubstituíveis

E se hoje celebro apenas com um jantar, em atencão a minha inflamada amígdala
Logo logo comemorarei nas feiras natalinas alemãs e no meio do mundo, em Istanbul
Há tanta estrada onde viver ainda será muito melhor viver...

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Ó só!

Para conhecimento de minha grane amiga, Juliana Lais.