quinta-feira, janeiro 31, 2008

Last Nite

Laaaaaaast night, sheeeeeee said... (assim cantava o Strokes)

Pois é. E chegou a última noite. Tudo passou tão rápido, voando mesmo. E foi tudo importantíssimo, mas não vou fazer reflexões e conclusões aqui (pelo menos não agora).

Saí do hotel nesta noite com a única intencão de tomar tantas Kolchs (cerveja artesanal de Colônia) quantas fossem possíves. Perdi a conta de quantas foram entre conversas animadas com gente que certamente jamais verei novamente. Voltei pelas ruas próximas à estacão central exatamente como se deve fazer em final de viagem... quase flutuando.

Vou para o Brasil com uma sensacão completamente diferente da que carreguei comigo no avião para a Suécia. Eu vim apavorado, com o coracão bem apertadinho. Amanhã, vou ao Brasil radiante, com o coracão cheio, aberto. E estou evitando usar a palavra "voltando". Eu não estou voltando ao Brasil. Eu estou indo para o Brasil. Até onde der, vou continuar "viajando". Afterall, you only live once.

(acabei fazendo conclusões. Desculpem-me, é o álcool).

terça-feira, janeiro 29, 2008

tanto que deveria ter escrito...

Num hotel em colônia, há menos de uma semana para por meu pés de volta no Brasil, penso em tantas coisas, tantas coisas. Especialmente, em tantas coisas que deveria ter escrito, documentado, guardado, refletido. Mas tudo bem, há sempre a desculpa de que estava ocupado demais vivendo.

Eu deveria ter escrito sobre todas as bobagens supremamente importantes também. Qual o filme de 2007? e de toda a viagem? E a música? o grupo? a cidade? o país? Agora não dá pra exato sobre essas coisas, até porque minha opinião sobre isso muda a cada dia. Mas eu diria que...

O país? Suécia, claro, mas a Alemanha é O país pra se entender o furuto da Europa. E o bicho de legal;

Vi poucos filmes e, pra ser sincero, os filmes que vi não me fizeram muito a cabeca. Mas acho que h+a uma excecão: O gosto dos outros é fantástico. Um dos dos melhores filmes que vi na vida;

Uma revista seríssima disse que 2007 foi um ano murcho pra música. Ok, não houve nenhuma revolucão, mas "que qué isso?" Pra mim foi um grande ano. Juntando com o fim de 2006, teve os grandes discos de Thom Yorke, Bloc Party, LCD Soundsystem, Amy winehouse e Radiohead. O melhor? depende da hora. Todos são estupida, alucinada, "de-matar-de-inveja" fantásticos. Mas eu diria que foi o do LCD Soundsystem.

A música da viagem? Eita, é difícil dizer. São muitas concorrentes sérias. No comeco, You Only Live Once dos Strokes foi a mais importante, mas passamos por Hang Me Out to Dry do Cold War Kids, Harowdown Hill do Thom Yorke I Still Remeber e Song for Clay do Bloc Party, On Call e McFearless do Kings of Leon, Wake Up alone da Amy Winehouse, Heinrich Maneuver do Interpol... foram tantas e sou tão injusto em não lembrar de algumas músicas que salvaram vários dias. Mas a mais mais mais de todas, talvez, provavelmente, tenha sido All My Friends. For God Sake, eu pus um pedacinho dela nos agradecimentos de minha tese...

O show? pensando bem, não sei. Talvez Bloc Party em Estocolmo. Mencões honrosas para Bloc Party, Placebo e Pearl Jam no Southside e Arcade Fire em Estocolmo. No fundo, os shows do período foram LCD Soundsystem, Amy Winehouse e, em menor escala, CSS. E não vi nenhum. Isso significa que tenho que focar mais nessa área no Brasil. Alguém vai pro show do Interpol em marco?

A cidade? Fora Londres, claro, é Istanbul. Com mencões honrosas pra Estocolmo e Berlin.

A grande viagem? Lapônia. ouvindo-Sigur-Rós-com-uma-taca-de-vinho-na-mão-olhando-o-céu-encandecentemente-verde-da-aurora-boreal-sob-25-graus-negativos.

Melhor parar por aqui.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Graduacão

Ouco Radiohead nesta semana.
Semanas relevantes pedem músicas relevantes.

A tese foi entrege, defendida e avaliada. Chama-se:

"Developments and Obstacles to the Right of Access to Medicines: A Study of Human Rights, International Trade and Pharmaceutical Business"

Sim, passei com a nota máxima, como queria.

Em duas horas, ocorrerá a graduacão. À noite, um jantar no Grand Hotel.

Plena satisfacão nem sempe significa plena alegria. Hoje, a sensacão de dever cumprido e alegria se mistura com uma melancolia que leva às lágrimas.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Algumas fotos. Istanbul I

Vim pra Suécia e o autor que mais li foi o turco Orhan Pamuk. "Snow" e "Istanbul" são dois dos meus livros favoritos do ano. "Istanbul" é um dos meus livros favoritos de qualquer ano.

Nada mais natural que minha última grande viagem na Europa seja para Istanbul. Em vários momentos, eu não acreditava que estava lá. Procurava (e achava) as referências que Pamuk citava nos livros. Além disto, procurava (e achava) um pouco do que ele falava sobre as contradicões turcas. Só não achava nunca as ruas no mapa, pois são raras as ruas sinalizadas. Felizmente, Istanbul é A CIDADE pra se perder, pois sempre há alguém que, mesmo sem falar inglês, chega até você e te aponta a direcão com uma delizadeza e uma educacão inatingíveis.

Vistas e ruas de Istanbul








Algumas fotos. Istanbul II

Topkapi Palace, sede do governo Otomano


Cisterna Municipal. Esses arquitetos da antiguidade...

O Grande Bazar e o Bazar Egípcio de Istanbul são um dos lugares mais fascinantes do mundo!!! Em alguns pontos, é também um dos lugares mais maravilhosamente perfumados


Comércio nos becos ao redor de uma mesquita. É impressionante como as ruas e os becos são limpos e o cheiro que exala das ruas é o das especiarias. Mesmo nestes lugares centrais, super povoados e, em certa medida, empobrecidos, só há bons odores

Algumas fotos. Istanbul III

Nas mesquitas, quanta beleza, quanta paz





Aqui foi num palácio mais recente, todo barroco. Parece um pedaco de Paris no meio de Istanbul. Talvez por isso meio que deu um soninho. Mas o teto da sauna...
As aparências enganam: as sobremesas são bonitas, mas são MUITO mais gostosas do que parecem
Na Ásia. Primeira vez que saí da Europa desde agosto de 2006. Foi só uma tarde, mas a porta da Ásia foi aberta
Monges entrando em êxtase (ou quase)

Algumas fotos. Alemanha no Natal

Só algumas fotos, pois tenho que voltar pros rodapés.

Natal e tal

As folhas do outno ainda estão lá, mas a floresta congelou
Feira de Natal em Trier, minha favorita.

Fim de ano - comeco de ano

E agora já tá muito tarde pra dizer que o natal e o ano novo foram ótimos; que as feiras de natal da Alemanha são uma das coisas que mais sentirei saudade, apesar da família da Júlia ter me feito prometer que vou passar lá de novo pra por as luzes na árvore de natal; que Istanbul é o bicho (sério: é o bicho); que o reveillon em Dresden foi lindo e perfeito; que não dá pra descrever como passar dois dias em Berlim é bom.

Tô com preguica de por as fotos aqui. E agora tá tão pertinho de voltar que posso até deixar pra mostrar ao vivo.

Mas eu disse o quanto Istanbul é incrível? O que é que é aquilo? E os doces turcos? e o cheiro do grande bazar egípcio e de especiarias? e as mesquitas? e os hamás?

Nasceu

Depois de longa ausência
da Alemanha
da Turquia
E, principalmente, de longas noites na biblioteca,
Nasceu a tese.
Nasceu grande (126 páginas) e saudável.

A defesa está marcada para às 16:00 do dia 22 de janeiro.

Até lá, tenho que organizar segundo o padrão sueco as 430 notas de rodapé. Enfim, daqui pra lá ainda tem muito trabalho.

Mas nasceu.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

The Thrills em Malmö

E já que tô escrevendo mais hoje do que durante todo o semestre, por que não falar do excelente show do The Thrills ontem em Malmö?

O Thrills é uma banda especial pra mim. Ela não é nenhuma oitava maravilha do mundo e, pra ser honesto, o último e terceiro CD deles foi totalmente ignorado pela imprensa, pelo grande público e por mim, até saber que eles iriam tocar ontem em Malmö. Convenci sally, Mikael e Julia e fomos lá assistir. nem foi difícil conseguir ingresso, que tava até baratinho. No fundo, a casa de show (a excelente Kulturbolaget) estava só 60% cheia.

Os fatos acima indicam uma banda em decadência. Pode até ser, mas, mesmo assim, o Thrills é especial pra mim. É quando me mudei pra Brasília; quando comprei um bom computador; quando tive uma boa conexão de internet; quando comecei a ler blogs de música; e quando, finalmente, comecei a fazer download, o Thrills foi uma das primeiras bandas desconhecidas que baixei pro meu HD, junto com Wilco e Sondre Lerche. tinha feito alguns downloads antes, mas essas foram as primeiras bandas que CONHECI por meio do download. E a primeira impressão foi excelente. Ouvi muito "big sur" e "santa cruz" no primeiro CD que gravei. A partir daí, vi que toda a infinidade de sons estava ao meu dispor. Maravilhei-me e mergulhei de cabeca. Nunca mais submergi à superfície dos rádios, da MTV, das limitadas lojas de disco. Tenho muito, então, a agradecer ao primeiro e ótimo álbum do Thrills, "So much for the city".

O show foi perfeito. Todo perfeito. Como era noite de domingo, estávamos todos meio cansados e meio indispostos. A banda de abertura foi boa, agradável. Seguíamos bebendo cerveja e conversando, com aquele barulho de guitarras ao fundo. O thrills comecou a tocar e tomou toda a nossa atencão. Era o último show da turnê da banda e eles estavam (a) visivelmente ressacados de uma festa após o show da noite anterior, em Upsalla (b) visivelmente emocionados pelo encerramento da turnê.

As músicas seguiam e eu reconhecia todas do primeiro e segundo álbum. O vocalista estava totalmente em contato com a platéia, contava histórias e brincava com a banda o tempo inteiro. sua descontracão dava ainda mais legitimidade às músicas, que são alegrinhas, daquelas que põe um sorriso sincero nos rostos.

Saímos de lá contentes como não é permitido numa noite de domingo. Mais uma vez, sou só agradecimentos ao Thrills. Comprometo-me a acompanhá-los melhor.





Do primeiro disco, "Santa Cruz":


Do segundo disco, "whatever happened to Corey Haim?", que encerrou o show:

Natal

Luz: é uma das coisas que mais me fascinam. Luz da lua, do sol, de natal...
Talvez o que mais goste no natal sejam as luzes. Aqui na escuridão escandinava, então, faz uma diferenca danada.

Viajarei na quarta feira para a Alemanha. Já antecipo com prazer as feirinhas de natal das cidades alemãs. Vou tomar glüvein e passear pelas luzes. E já vou sentir saudade. Depois que voltar sem dúvida vou por mais fotos das feirinhas aqui no blog. Por enquanto, coloco as fotos daqui de pertinho.

Grand Hotel, em Lund:


Malmö fica estonteantemente linda no Natal:




Copenhagen:


Pedacinhos do semestre que se acaba

Agora, a Suécia está quase sempre no escuro. Mesmo aqui, no extremo sul do país, o sol nasce às 10:00 e se põe às 15:00. Ainda assim, mal dá pra considerar que há sol durante cinco horas, pois ele mal sai do horizonte. Daqui há cinco dias, será o dia mais curto do ano. E faz frio, como faz frio. Ontem a temperatura caiu para cinco graus negativos.

Hoje foi o encerramento das atividades no mestrado. Uma reuniãozinha na biblioteca pra tomar glug (vinho adocicado e servido quente, tradicionalmente bebido apenas em dezembro) marcou o encerramento.

Felizmente, para mim o semestre acaba muito bem. Não, não terminei a tese ainda, mas ela está bem encaminhada. Quase toda a parte argumentativa está pronta. Falta escrever apenas um sub-capítulo, a conclusão, o sumário e a bibliografia. Diria, assim, que está 85% concluída. O mais importante: estou gostando dela. A defesa deve ocorrer no final de janeiro, pouco antes da graduacão.

O processo de escrever a tese é complicado. Hoje, aprecio os acadêmicos muito mais do que antes de vir pra cá. Para alguns de meus colegas, escrever foi um processo até sereno, mas pra mim foi turbulento. Em alguns momentos, violento. Prazeiroso às vezes, sim, mas nunca constante. Cada dia foi diferente. E ainda não terminei... portanto vamos mudar de assunto.

Quis falar sobre o processo de escrever a tese porque ele me afastou profundamente deste blog. A tese quase sempre me tirava o prazer do blog. E sem prazer, não havia sentido. Assim, várias coisas tão marcantes neste semestre ficaram de fora do blog. Então, pra que eu não me esqueca delas no futuro, vou relembrá-las, pelas fotos, aqui.

Aniversário de Negosawa em Copenhagen:



Oktoberfest:






A beleza outonal de Lund:




Brincadeiras no museu:




Dachau, campo de concentracão nazista:




Upsalla, a outra importante cidade universitária sueca:



Festinhas de despedida: