quinta-feira, julho 05, 2007

A mosca

Há uma mosta no meu quarto. Ela provavelmente entrou aqui antes de ontem, quando deixei a janela aberta a tarde inteira, numa tentativa de secar minha bota. Ontem a vi quando saí do banho. Ela estava sobre meus CDs. Hoje ela voou um pouco perto do meu ouvido, mas logo pousou novamente em algum lugar fora da minha visão e audicão. Nestes dois dias, abri a janela algumas vezes na vã esperanca de que ela voasse pra fora do meu quarto, mas ela não saiu do quarto. Este fato, mais as impressões destes dois dias de convivência, me fazem pensar que essa não é uma das moscas mais inteligentes que já vi, pois não há comida no meu quarto e ela vai morrer de fome se não sair logo. Acrescente-se que, além de não ser inteligente, ela também não é ágil como as moscas do nordeste brasileiro.

As moscas brasileiras sim, são astutas. Tente matar uma mosca com as palmas das mãos no nordeste... não é fácil. Essa mosca sueca é de uma vulnerabilidade tamanha que nem pensei em matá-la. Ela é tão boba e lenta que mal me incomoda. Espero que ela consiga sair do meu quarto, mas isso não deve acontecer hoje, pois minha janela está firmemente fechada. Hoje é o dia em que mais choveu desde que cheguei em Lund. Chove muito e chove o dia inteiro. Chove em todas as direcões, pois o vento não decide o lado para o qual deve soprar. A mosca vai ter que esperar até amanhã.