quarta-feira, agosto 08, 2007

Viena: a anti-dissecacão fracassou

Viena é extremamente turística. Há tantas opcões culturais para se escolher que é fácil ficar estressado. Chegamos num trem vindo de Praga já por volta das 18:00 e ainda nessa primeira noite vimos muita, muita coisa. Ainda assim, a mudanca de atmosfera em relacão à Praga foi sensível. Praga, como eu já disse, parecia estar em festa. Viena parecia estar de férias, provavelmente com menos gente do que em outras estacões do ano. O número de turistas era brutalmente menor do que em Praga. Além disso, a cidade é maior, dispersando-os.

Viena é aristocrática ao ponto de ser arrogante. Há horas em que parece ser fria. Honestamente, deve ser mesmo. Não gostaria de morar lá. Mas como quero visitá-la novamente! A história e a cultura de Viena são superlativas e essa passagem de quatro dias deixou um gostinho de "quero muito muito mais". Gostaria de ficar um mês lá, no inverno, estudando alemão, talvez.

Se tivesse essa oportunidade, iria vinvenciar alguns clichês. Iria ler muito nos cafés, andar devagar e até cultivar uma certa arrogância, que viria do ócio. (meu lado politicamente correto está gritando pra eu mudar essa frase, retirando-lhe a parte da arrogância, mas vou deixá-la aí) Até tentei fazer isso em quatro dias, mas fracassei miseravelmente.

Como em Munique, estava decidido que o ritmo seria diminuído. Almocamos no restaurante do Museu Albertina, antes de conhecê-lo, e Sérgio me contou uma história de uma amigo de um amigo que fez uma viagem de 30 dias rodando uma dezena de países europeus e voltou pro Brasil dizendo que "dissecou a Europa", o que é risível, pra dizer o mínimo. Assim, propus fazermos uma "anti-dissecacão" de Viena: conhecer só um pouquinho e cultivar um pouco o ócio. No entanto, depois de três horas fantásticas dentro do Museu Albertina, eu tratei de esquecer a idéia com a mesma rapidez que a propus. Parecia uma boa idéia, poderia ser divertido, mas eu sou compulsivo, ansioso e consigo me divertir muito assim. Posso mudar? Sim, mas apesar de ido na casa do amigo Freud, não iria perder meu tempo em Viena tentando entender e muito menos mudar minha personalidade.

Palácios e Museus. São tantos...





Prefeitura de Viena, na frente da qual foi montada uma tela de cinema ao ár livre

Ópera de Viena. Não visitei o interior. Deveria ter visitado, mas não deu tempo

Manifesto do "Movimento de Brucke", pra eu não esquecer da exposicão fantástica que estava sendo disposta no Albertina. Infelizmente era proibido tirar fotos, mas foi tão maravilhosa quanto a do "Humanismo na China".

Arte aborígene australiana, outra excelente exposicão do Albertina

Na entrada do Albertina, com a Ópera ao fundo