Atenas I: A Acrópole

Há eventos que por merecerem um respeito especial nos intimidam e nos dão até preguica. Falar sobre Atenas é um desses eventos. A peculiaridade e riqueza histórica e cultural de lá é tamanha que falar sobre ela me dá a sensacão de estar mediocrizando-a. Pior é que sei que é uma sensacão absolutamente verdadeira. Não irei falar de muitos detalhes, não vou falar de todos os lugares, não vou citar nem a metade das sensacões, já esqueci de diversos temas sobre os quais havia sentido a mais absoluta necessidade de compartilhar: eu vou mediocrizar a cidade. E por isso peco desculpas desde já.
Cheguei em Atenas no dia de Natal. E quando saí do metrô vindo do aeroporto na estacão de Monastiraki, de cara avistei a Acrópole. Não foi questão de sorte, a Acrópole é vista de quase todo lugar em Atenas. Mas, na verdade, havia escolhido o hotel só pela vista que ele oferecia da Acrópole. (foto acima)
No fundo, todo turista, quando chega à Atenas, deveria ir direto para a Acrópole. Infelizmente, só a visitei no terceiro dia, pois estava fechada no dia de natal e no dia 26 de dezembro, pois é um feriado na Grécia.
A visita merece certo cuidado: tudo é tão bonito, tão carregado de significado e história que o deslumbramento é inevitável e pode causar estresse, como "quase" aconteceu comigo. E também há que se ter uma certa temperanca com as fotografias, senão você passa o dia inteiro só tirando fotos.
O caminho para o Parthenon não é tão longo, mas há que se permitir uma boa demorar nele, pois há muito que já faria merecer uma visita por si só, como o teatro de Dionisio.
Mas, como não tenho a pretensão de contar tudo, fiquemos com a chegada ao Parthenon: não dá pra esquecer. De repente, entrei nos livros de história... pois não pensei que fosse vê-lo fora dos livros ou qualquer outra publicacão. Inegavelmente, uma das grandes alegrias em ver o Parthenon é o simples fato de se estar lá. Há uma saudável dose de orgulho que engrandece a felicidade. "Um acréscimo de estima por si mesmo", como diria Eca de Queiroz.
Sabe-se que alí não é um lugar qualquer. O fantástico é que, mesmo já se tendo certeza do que há ali, o lugar ainda surpreende e sua especiliadade e majestade é tão perceptível que ler os livros sobre a influência grega torna-se quase dispensável. Basta girar o olhar no topo da Acrópole, contemplando-a (não apenas ao Parthenon, diga-se de passagem)...
E de lá também se avista quase toda Atenas... e vários outros sítios importantes: a Ágora, o templo de Atina e Zeus... o mar. O futuro deveria parecer brilhante para os gregos antigos, que viam e pensavam tão longe, tão tridimensional e filosoficamente; que construíram templos tão fantásticos para tão criativos e complexos deuses...
Há uma sensacão que permeia o turista em Atenas: "o futuro não é mais como era antigamente".
A Acrópole vista do Templo de Zeus:

Teatro de Dionísio:

Na subida para o Parthenon:

Ainda há shows e concertos aqui:

No portão:

No Parthenon:

Mais uma do Parthenon (das dúzias que tirei):

Descansando:

1 Comments:
Oi Ulysses,
Deu muito pra entender o risco que correu de "mediocrizar" seu relato sobre Atenas. Acho que é como se vc tivesse sempre a sensação de que as palavras usadas não são suficientes pra descrever o que vc via. Imagino a estupefação.
Bjs,
Leila
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