A relevância pára o tempo
Estudou na biblioteca boa parte do dia
Uma leitura apressada, angustiada, de pouca absorcão
E sempre tinha alguém comentando um tratado que não conhecia
E alguém reclamava que estava cansado
E ele parecia que tinha tomado dez cafés
Seguia ofegante, como se tivesse corrido, como se um mal estivesse por chegar
Saiu da biliboteca mais cedo
Mas perdeu o ônibus e não quis esperar
E o vento aumentou e granizo caiu
Chegou em casa cansado do cansaco
E comecou a fazer uma multimídia de coisas, mas nada por mais de quinze minutos
Nenhum blog podia ser lido até o final
Comia quatro coisas ao mesmo tempo, mas nenhuma até o fim
Cereal, bolacha, digestivo, chocolate, salgadinho, pão. Nada enchia
E comia rápido
E via TV rápido: uns cinco filmes, dois telejornais, mythbusters, videoclipes...
Tudo em menos de 15 minutos
E ainda consegiu conversar com um vizinho iraniano, mas sem nenhuma paciência para ouvir absolutamente nada do que ele tinha a dizer.
E voltou à internet, escreveu no blog, mas com pressa
E viu mais uns sites, correndo desesperado
Comeu um pouco mais, quase se engasgando
Aí ligaram colegas... quase desligou o skype
Não desligou, mas também não atendeu mais
Não dava tempo.
Não dava tempo.
Não dava tempo.
E foi só no fim, às 23:49, que finalmente encontrou algo que salvou o dia
Podia, finalmente, consumir algo devagar,
Agora sim, valia a pena
Algo auto-satisfatório
Algo que tornaria o dia especial
...Foi um download
E já tinha feito download de tudo naquela noite: um filme, dois episódios de um seriado, dois CDs completos, mas não tinha tido paciência de consumir nada.
...Foi também um comentário, num blog, sem o qual não teria dado valor ao download.
Saiu o primeiro grande disco do ano.
Saiu a primeira grande música do ano.
Agora será uma grande jornada noite adentro, mas devagar, sem pressa, descansando, ouvindo Bloc Party e “I still remember”.
Uma leitura apressada, angustiada, de pouca absorcão
E sempre tinha alguém comentando um tratado que não conhecia
E alguém reclamava que estava cansado
E ele parecia que tinha tomado dez cafés
Seguia ofegante, como se tivesse corrido, como se um mal estivesse por chegar
Saiu da biliboteca mais cedo
Mas perdeu o ônibus e não quis esperar
E o vento aumentou e granizo caiu
Chegou em casa cansado do cansaco
E comecou a fazer uma multimídia de coisas, mas nada por mais de quinze minutos
Nenhum blog podia ser lido até o final
Comia quatro coisas ao mesmo tempo, mas nenhuma até o fim
Cereal, bolacha, digestivo, chocolate, salgadinho, pão. Nada enchia
E comia rápido
E via TV rápido: uns cinco filmes, dois telejornais, mythbusters, videoclipes...
Tudo em menos de 15 minutos
E ainda consegiu conversar com um vizinho iraniano, mas sem nenhuma paciência para ouvir absolutamente nada do que ele tinha a dizer.
E voltou à internet, escreveu no blog, mas com pressa
E viu mais uns sites, correndo desesperado
Comeu um pouco mais, quase se engasgando
Aí ligaram colegas... quase desligou o skype
Não desligou, mas também não atendeu mais
Não dava tempo.
Não dava tempo.
Não dava tempo.
E foi só no fim, às 23:49, que finalmente encontrou algo que salvou o dia
Podia, finalmente, consumir algo devagar,
Agora sim, valia a pena
Algo auto-satisfatório
Algo que tornaria o dia especial
...Foi um download
E já tinha feito download de tudo naquela noite: um filme, dois episódios de um seriado, dois CDs completos, mas não tinha tido paciência de consumir nada.
...Foi também um comentário, num blog, sem o qual não teria dado valor ao download.
Saiu o primeiro grande disco do ano.
Saiu a primeira grande música do ano.
Agora será uma grande jornada noite adentro, mas devagar, sem pressa, descansando, ouvindo Bloc Party e “I still remember”.
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