Primavera de dois dias em Lund

Sexta-feira, 15:50, terminei minha terceira prova neste semestre. Até então, acho que fui um dos mais ocupados estudantes do mestrado, pois várias disciplinas se concentraram nestes três primeiro meses do ano. A próxima, agora, só no final de abril. Serão quase 4 semanas sem aulas, apesar de eu já estar lendo alguma coisa para decidir sobre o que escreverei na minha tese.

Não poderia ter ficado mais livre em melhor época. A primavera chegou forte neste fim de semana. Sábado fez 17 graus e hoje fez 15. Ontem foi dia de arrumacão, mas hoje passei boa parte do dia no jardim botânico, deitado na grama.

Pela primeira vez desde que cheguei em Lund, usei uma bermuda. Foi uma sensacão estranha, mas legal, apesar de às vezes o vento bater e fazer frio. Acho que vou guardá-la pra usar daqui há uns dois meses, no verão.

As flores comecam a brotar, dá pra ver a volta das primeiras folhas nas árvores e o céu segue azul, sem nuvens. A populacão da cidade parece aumentar, pois todos saem de casa. As pessoas imediatamente ficam mais felizes, mais abertas. Há uma atmosfera de renovada esperanca. Esperanca de um verão pleno de alegria e calor, dizem os suecos. É tudo um grande clichê, mas é contagiante. Acorda-se e tem-se a sensacão de que será um grande dia. E esse sentimento facilita para que realmente seja.

Mas, provavelmente, vou postergar um pouco minha primavera. Amanhã embarco numa viagem de trem/navio/ônibus para a Finlândia e Rússia. Vou passar por Helsinki, São Petersburgo e Moscou. A primavera, provavelmente, ainda não chegou por lá. Mas posso aguentar um pouco mais de inverno, com certeza.

Se eu sumir um pouco do blog, é porque estou juntando mais histórias pra contar.

Abaixo fotos do jardim botânico com os suecos deitados, como eu; das flores surgindo; da área central da universidade; e do edifício da reitoria.