quinta-feira, maio 10, 2007

Bloc Party, cos I'm on fire!

"I am trying to be heroic
In an age of modernity
I am trying to be heroic
As all around me history sinks
So I enjoy and I devour
Flesh and wine and luxury
But in my heart I am so lukewarm
Nothing ever really touches me"

"At the Trois Garcons, we meet at precisely 9 o clock
I order the foie gras and I eat it with complete disdain
Bubbles rise in champagne flutes, but when we kiss I feel nothing
Feasting on sleeping pills and Marlboro reds
Self-pity won’t save you

Oh how our parents suffered for nothing
Live the dream like the 80's never happened
People are afraid to merge on the freeway
Disappear here"

Quando o Bloc Party comecou a cantar "Song for Clay" tive a certeza de que minha previsão de que aquele seria um show inesquecível estava correta. No ano passado, fiquei literalmente "passado" quando descobri o CD novo deles, desde então um dos que mais ouco. Minha opinião, longe de ser isolada, se harmonizava com a de quase todas as revistas de música respeitáveis, que apontaram o CD como um dos álbuns do ano. Enfim, a banda estava, merecidamente, na crista da onda.

Rock ultra dancante, de letras complexas, politizadas, profundas como uma cancão de três minutos permite, som com uma abundãncia de guitarra e uma bateria pulsante, arritmica, urgente. É tudo que gosto.

E o lugar do show era brincadeira! O "Cirkus" foi construído para ser um circo mesmo, no século XIX, mas hoje é uma casa de show com grande personalidade. Na entrada, vê-se quem já tocou lá... Rolling Stones, Lou Reed... gente assim, tocando para um público de apenas 3000 pessoas. E a acústica e a qualidade do som são perfeitos. Até mesmo pelo microfone mixuruca da minha máquina fotográfica o som ficou bom. Nunca gravei vídeos de show com som tão bom.

Nossos ingressos (os quais foram uma surpresa pra Jair e Leila, que só souberam do show e que iriam estar presentes no trem pra Estocolmo), eram no setor de cadeiras. Entretanto, assim como no show do Placebo, dei um jeitinho de escapar para a pista e ficar perto do palco. Realmente, não conseguiria assistir a um show desses sentado.

"Song for Clay", uma das minhas músicas favoritas do grupo e que encabeca o segundo CD da Banda, como o início da letra introduz lá em cima, é sobre a relacão consumismo - satisfacão. É de uma forca comparável ao "The Clash". O lugar pegou fogo. Viu no vídeo?

Depois comecou "Hunting for Wishes", sobre a vida pós 11 de setembro.


"I'm sitting on the roof of my house
With a shotgun and a six pack of beer
The newscaster say's "the enemy is among us!"
As bombs explode on the 30 bus
Kill that middle class indecision
Now is not the time for liberal thought

So I go hunting for witches
Heads are going to roll
So I go hunting

1990's, optimistic as a teen
But now its terror, airplanes crash into towers
The Daily mail say's "the enemy is among us!"
"Taking our women and taking our jobs"
All reasonable thought is being drowned out
By the non-stop baying, baying for blood

So I go hunting for witches
Heads are going to roll
So I go hunting

I was an ordinary man, with ordinary desire
I watched TV it informed me
I was an ordinary man with ordinary desire
There must be accountability
Disparate and misinformed
Fear keeps us all in place"

E eles seguiram cantando a maioria das músicas do novo CD (só duas ficaram de fora do setlist) na exata ordem do disco, contando a história das impressões durante um fim de semana em Londres. Entremeadas às músicas do CD novo, tocavam as músicas do primeiro disco, menos complexas, mas atomicamente diretas. "Banquet" ao vivo foi qualquer coisa!

"A heart of stone, a smoking gun
I can give you life, I can take it away
A heart of stone, a smoking gun
I'm working it out
Why'd you feel so underrated?
Why'd you feel so negated?

Turning away from the light
Becoming adult
Turning into my soul
I wanted to bite not destroy
To feel her underneath
Turning into my soul

She don't think straight
She's got such a dirty mind and it never ever stops
And you don't taste like her and you never ever will
And we don't read the papers, we don't read the news
Heaven's never enough, we will never be fooled"

O show passou voando, literalmente. Ao final, eu era só um corpo molhado, mas que felicidade. Jair (inicialmente cético quanto à banda) e Leila dividiam comigo o entusiasmo. Foi um daqueles shows que se quer ver de novo e de novo. Felizmente, eu vou vê-los de novo no final de junho. Yeah!

Antes do show, na frente do Cirkus:

Dentro, minutos antes do show, após "pular" pra pista...

"Cos I'm on fire
I'm on fire when you come
I'm on fire so stub me out" (pedacinho do fim da letra de Banquet)

Fim de show...

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

DUKRALHO MESMO!!!!!!!!!!
........ Putz, esse eu não perderia!!!!! eheheheheheheheheheeh
Espero que tenham feito jus à deusa da cerveja e tenham apreciado ao menos algumas drafts!!!!

6:30 PM  
Blogger Jellyfish said...

Bem, Jair e Leila não beberam nada e eu tomei apenas uma draft, pois estava tomando antibiótico pra garganta. Mas foi um show tão vibrante e energético que o álcool se fez absolutamente desnecessário.

7:55 PM  
Anonymous Anônimo said...

... É JUSTO!!!...

5:27 PM  

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