quinta-feira, abril 12, 2007

The Vicking Line

Um dos principais meios de transporte entre Estocolmo e a Finlândia é marítimo, em navios com porte de cruzeiros. Passei dez horas num navio desta que é chamada "linha Vicking". Foi uma experiência diferente. A sensacão é de estar no filme errado. Sim, um daqueles filmes filmes bregas da década oitenta. O navio deveria ter sido (será que foi?) a locacão de vários deles.

Num dos bares, senhores cantavam a pleno pulmões cancões românticas filandesas no karaokê. Pouco depois, um deles foi retirado pelo seguranca, pois estava totalmente bêbado. Simultaneamente, outro catava "my way", para ovacão dos que estavam numa mesa atrás de mim. Mais tarde, abriu o clube com música ao vivo. Boleros com letras em espanhol enrolado e em finlandês eram o grande hit. A pista de danca estava cheia de senhores, senhoras e vickings embriagados quase matando suas companheiras de pista. A banda estava vestida com aquelas roupas meio caribenhas, meio circo.

No duty free, gente comprando alcóol e cigarros. Muito alcóol e cigarros. Havia dúzias de caca-níqueis, todos com alguém jogando.

Mais tarde, abriu a buate. Quase todo mundo foi pra lá ouvir os últimos sucessos de 1987. De vez em quando, eles avancavam no tempo pra tocar Justin TImberlake e Nelly Furtado, mas logo voltavam pra footlose.

Antes de ir dormir na cabinezinha com quatro camas abaixo do nível do mar, eu me diverti muito, mas é uma experiência esquisita. A sensacão era de estar num grande shopping center flutuante, enquanto se gravava um filme com todos os estereótipos possíveis.