sexta-feira, setembro 29, 2006

Aflicões de viagem na terceira pessoa I

Tinha que escrever algo
Decidiu: escrever seria seu remédio
Ipod, gameboy, livros e tudo o mais que preparou... falharam
A saída era escrever

A solidão era palpável
De forma alguma gentil, elegante, aprazível. Era medonha
Sentia o pânico do abandono
Sabia que se vertesse a primeira lágrima... não saberia mais nada

A cada passo, um novo medo
Quando seria capaz de relaxar, afinal, se a cada instante criava uma nova tensão?
Anos de RPG jogados fora num portão de embarque
Todo duro, todo tenso, todo só

Todo?
Não, esfrangalhadamente só
Nunca havia sentido tão fortemente a razão do ditado "cuidado com o que desejas"
Comecou a ter dor de cabeca.

Guarulhos, 28.08.2006. 17:29